Municípios distantes da capital do Pará correm o risco de desabastecimento de combustível, se a paralisação dos caminhoneiros for mantida por mais tempo. Quem afirma é o presidente do Sindicato dos Postos de Combustíveis no Pará (Sindicombustíveis-PA), José Antônio Victor, os postos de Belém e municípios arredores não têm problemas de abastecimento. “Mas, o restante do Estado do Pará depende do movimento dos caminhoneiros”, assegura José Antônio.
Ele explica, que não estão saindo caminhões com combustíveis para as outras regiões paraenses desde segunda-feira, quando começou a paralisação dos caminhoneiros em todo o País, em protesto contra os sucessivos reajustes nos preços dos combustíveis. Por isso, é certo que se a greve persistir os postos dos municípios mais distantes da capital não vão receber combustível.
O presidente do Sindicombustíveis-PA, informa que o abastecimento dos combustíveis no Pará é feito a partir do porto de Miramar, em Val-de-cans, através de navios que transportam o produto até à capital paraense. De lá, é distribuído para os postos de Belém e de todo o Estado, pelas rodovias, através de caminhões.
Na capital, existem uma média de 120 postos de combustível, segundo informa José Antônio. No Pará, são cerca de 1.200 postos.
No site do Sindicombustíveis, há uma campanha contra os altos impostos cobrados pelo governo federal sobre os combustíveis. “O problema não está nos postos, e sim nos impostos”, critica a campanha dos donos de postos de combustível.
A pressão dos caminhoneiros forçou o governo federal a anunciar uma pequena redução no preço dos combustíveis, nesta quarta-feira, 23. O presidente da Petrobrás, Pedro Parente, anunciou que baixou o preço do litro da gasolina em 0,62%, passando de R$ 2,0433 para R$ 2,0306. Já o do diesel caiu 1,14%, de R$ 2,3351 para 2,3083. Mas, apenas por quinze dias e nas distribuidoras. Após esse período, os preços poderão voltará a subir.
Fonte: Roma News