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Saiba como se preparar para um concurso público
Suor
frio, mãos trêmulas, dor de barriga, tonteiras, desmaios, enfim, para algumas
pessoas enfrentar provas de um concurso público é um sofrimento sem fim.
Cumprindo
a sua função social peculiar, o Blog do Robert Lobato reproduz entrevista,
concedida ao site Tudo Sobre Concurso,
com psicólogo Fernando Elias José, membro da Sociedade Brasileira de Terapias
Cognitivas e há doze anos trabalha na preparação de pessoas para provas e
concursos.
O
especialista dá dicas valiosas aos “concurseiros” sobre como enfrentar de forma
tranquila e natural as provas de um concurso seja ele qual for. Veja:
Quais as principais dicas
para quem quer se preparar bem para um concurso?
Primeiro:
tenha objetivos claros, saiba o que você quer. É preciso ter esta certeza para
conseguir a determinação necessária para enfrentar um concurso.
Além
disso, organize-se. Tenha um cronograma diário de estudos. Entretanto, saiba
que nem todo dia renderá igual ao outro. Como em tudo na vida, haverá dias
bons, dias ruins, de maior e menor rendimento, mas tudo ajudará a construir seu
conhecimento.
E
além de estudar bastante, dê também valor ao descanso, ele é muito importante
para a fixação dos conteúdos em sua memória. O indicado é, para cada 50 minutos
de estudo, 10 minutos de descanso. Sem falar no sono, pois é durante ele que a
memória trabalha.
Então,
procure dormir bem. Divida o conteúdo de estudo diariamente em começo, meio e
fim. Assim você conseguirá ter a sensação de conclusão diária, sem se frustrar
porque “o conteúdo não acaba nunca”.
Também
não se apavore diante da quantidade de conteúdo exigida para a prova. Dificilmente
alguém chegará à prova sabendo tudo ou quase tudo. Saiba que um concurso é
dividido em três partes: conhecimento técnico, fator emocional e sorte.
Portanto,
fica claro que o saber é muito importante, mas não é tudo. É preciso encontrar
um equilíbrio entre o conhecimento, o estudo, e suas questões pessoais.
Assim,
dê também atenção ao lazer e, principalmente, entenda como se sente em relação
ao concurso, aprendendo a lidar com estas emoções. Do contrário, o fator
emocional pode atrapalhar e muito seu desempenho.
Outra
dica: não fique pensando no concorrente! Você é seu maior concorrente!
Prepare-se bem e vá confiante.
Quais as dicas para o dia
do concurso?
A
principal dica para a véspera o dia do concurso ou vestibular: não mude sua
rotina!
Se
você costuma se alimentar de uma forma, alimente-se daquela forma – nada de
adotar dietas mirabolantes para turbinar o desempenho no dia da prova, para não
correr o risco de chegar lá passando mal, tendo problemas estomacais e outras
coisas que só irão atrapalhar.
Quanto
ao sono, a mesma coisa: na noite anterior à prova, durma exatamente o mesmo que
está acostumado a dormir nas outras noites.
Não tome remédio algum
sem orientação médica.
Leve
em consideração o fator ansiedade: é normal que no dia da prova você esteja
naturalmente ansioso, nervoso. Conte com isso. Procure se informar sobre formas
de se tranquilizar com exercícios de respiração, de visualização criativa, e
use isso a seu favor.
Na
hora da prova, leia atentamente cada questão, sem afobação. E se der branco,
saiba que não é nada além do que uma descarga excessiva de adrenalina, e não
uma perda de conhecimento: o que você estudou e sabe ainda está ali, é possível
resgatar. Acalme-se.
Geralmente,
quem faz concurso sabe que, para passar, é preciso mais de uma tentativa. Como
se motivar, diante deste quadro?
Primeiro,
como já falei, tenha um objetivo claro. Esta será a maior motivação para tudo.
Escolha
um concurso, não saia fazendo todos os que aparecem. Só assim será possível se
administrar, se focar, e se preparar bem.
Saiba
que sim, você poderá ter de fazer o mesmo concurso mais de uma vez até passar,
mas também não se baseie nisso para se preparar com menos afinco. Dedique-se
para passar a cada vez.
O
importante é saber que concurso é persistência, e não velocidade. Se você se
prepara e tenta, um dia vai passar. Mas se o foco for passar rápido, logo de
cara, provavelmente não dê certo. A frustração é normal neste meio, mas lembre-se:
só não passa quem desiste.
Qual é a maior motivação
entre as pessoas que prestam concursos?
Na
verdade, são três as motivações mais comuns: estabilidade, retorno financeiro e
realização profissional.
Existe um perfil de
pessoa que passa em concurso?
Sim:
o persistente. Quem tem mais capacidade de insistir, de se preparar e de
superar as frustrações, passa. Quem tem objetivo e insiste em busca dele,
aliando conhecimento técnico e equilíbrio emocional e pessoal, passa. Quem
desiste, não.
Como conquistar este
equilíbrio?
O
mais importante é você se conhecer. Saiba o que sente, que situações o deixam
nervoso, o que desperta sua ansiedade e que efeitos isso geralmente gera.
Conhecendo-se, busque uma forma de lidar com isso.
Muitas
vezes a pessoa consegue isso sozinha, mas quando isso não acontece, é importante
buscar auxílio profissional.
Quais os erros mais
comuns entre as pessoas que prestam concurso?
Um
dos erros mais comuns é não admitir que vai errar. Na prova, a pessoa vai
enfrentar dificuldades, vai cometer erros. É normal.
Supervalorizar
ou subestimar a prova também é um erro. Não fique pensando que é muito difícil
ou muito fácil: prepare-se.
Achar
que seu método de preparo é único e insubstituível. Procure se informar,
conheça métodos diferentes, ouça dicas, esteja aberto.
Não
conseguir equilíbrio emocional. Como já dito, se você não conseguir isso sozinho,
busque apoio profissional.
E
o apoio profissional é importante também na preparação técnica – há pessoas que
conseguem se preparar, adquirir conhecimento necessário, sem a ajuda de um
professor, sem dicas, enfim, sozinhas.
Mas
são exceções: se você tem dificuldade em alcançar por conta própria o grau de
conhecimento técnico e equilíbrio emocional necessários para um concurso,
busque ajuda.
Fonte: Site Tudo Para Concurso.
Cidade
com pior IDH no país, Melgaço, PA, tem 50% de analfabetos
Segundo IBGE, 12 mil
habitantes não são alfabetizados.
População depende de
programas sociais, diz especialista.
Metade
dos moradores de Melgaço, no Pará, não sabe ler nem escrever. Segundo dados do
censo do IBGE publicado em 2012, 12 mil dos 24 mil habitantes da cidade não são
alfabetizados, e apenas 681 pessoas frequentam o ensino médio.
São
dados como este que exemplificam o que foi apontado no levantamento feito pelo
Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), que divulgou nesta
segunda-feira (29) o "Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil
2013". De acordo com a publicação, a cidade do Marajó tem o pior
Desenvolvimento Humano do país.
O
professor do doutorado de Antropologia
da Universidade Federal do Pará, Agenor Sarraf, nasceu em Melgaço e dedica sua
pesquisa à cidade. Segundo ele, grande parte dos analfabetos são pessoas com
mais de 15 anos, que não conseguiram estudar durante uma crise da educação
ocorrida na década passada. "O número de professores leigos era muito
grande: 75% dos professores não tinham magistério em 2001", disse.
O
professor, que atuou como secretário de educação no período, conta que a cidade
investiu na capacitação docente, mas hoje ainda faltam políticas para atrair e
manter jovens e adultos na escola. "O município não consegue montar Ensino
de Jovens e Adultos. As pessoas são pobres e precisam trabalhar. O muncípio
carece de programas para sucesso escolar", avalia.
Em
nota, a Secretaria de Educação do Estado (Seduc), responsável pelo Ensino
Médio, informou que uma nova escola de ensino médio deve ser começar a ser
construída na cidade ainda em 2013, e que a Escola Estadual Tancredo de Almeida
Neves irá integrar o programa Jovem de Futuro a partir de 2014. O projeto visa
melhorar a qualidade do ensino através de novas metodologias pedagógicas.
A
Seduc informa ainda que a cidade de
Melgaço também aderiu ao Programa Nacional de Alfabetização na Idade Certa
(Pnaic), coordenado pela Rede Estadual de Ensino, executado pela Universidade
Federal do Pará (UFPA) junto ao município, com a principal meta é de ter todas
as crianças alfabetizadas até os 8 anos de idade.
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