RAIVA ANIMAL
A raiva é uma zoonose viral, que se caracteriza como uma encefalite progressiva aguda e letal.
Todos
os mamíferos são suscetíveis ao vírus da raiva e, portanto, podem transmiti-la.
A doença apresenta dois principais ciclos de transmissão: urbano e silvestre,
sendo o urbano passível de eliminação, por se dispor de medidas eficientes de
prevenção, tanto em relação ao ser humano, quanto à fonte de infecção.
Descrição
da doença
Agente
etiológico
O vírus rábico pertence à
ordem Mononegavirales, família Rhabdoviridae e gênero Lyssavirus. Possui
aspecto de um projétil e seu genoma é constituído por RNA. Apresenta dois
antígenos principais: um de superfície, constituído por uma glicoproteína,
responsável pela formação de anticorpos neutralizantes e adsorção vírus-célula,
e outro interno, constituído por uma nucleoproteína, que é grupo específico.
Reservatório
O vírus rábico pode infectar
todos os mamíferos. Didaticamente podemos dividir a doença em ciclos de
transmissão conforme os principais reservatórios da raiva encontrados no
Brasil, a seguir:
Ciclo
aéreo, que envolve os morcegos hematófagos e não hematófagos
Ciclo
rural, representado pelos animais de produção
Ciclo
urbano, relacionado aos cães e gatos
Ciclo
silvestre terrestre, que engloba os sagüis, cachorros do mato, raposas,
guaxinim, macacos entre outros animais selvagens.
Modo
de transmissão
A transmissão da raiva se dá
pela penetração do vírus contido na saliva do animal infectado, principalmente
pela mordedura, arranhadura, lambedura de mucosas. O vírus penetra no
organismo, multiplica-se no ponto de inoculação, atinge o sistema nervoso
periférico e, posteriormente, o sistema nervoso centra (sentido centrifugo). A
partir daí, dissemina-se para vários órgãos e glândulas salivares, onde também
se replica (sentido centrípeto) e é eliminado pela saliva das pessoas ou
animais enfermos.
Existe,
na literatura, o relato de oito casos de transmissão inter-humana por meio de
transplante de córnea. Nos Estados Unidos, em 2004, foram registrados quatro
casos de raiva humana referentes a indivíduos que receberam órgãos doados
(fígado, dois rins e artéria ilíaca) de um indivíduo que morreu por infecção
pelo vírus da raiva. O mesmo ocorreu na Alemanha, em 2005, com três indivíduos
após transplante de órgãos (pulmão, rim e pâncreas) de um indivíduo que faleceu
devido àquela infecção. Em ambos os países, os doadores dos órgãos não tiveram
suspeita diagnóstica de raiva. Possibilidade remota de transmissão sexual,
respiratória, digestiva (em animais) e vertical também são relatadas.
Período
de incubação
E extremamente variável,
desde dias até anos, com uma média de 45 dias, no homem, e de 10 dias a 2
meses, no cão. Em crianças, existe tendência para um período de incubação menor
que no indivíduo adulto.
O
período de incubação está diretamente relacionado à:
Localização,
extensão, quantidade e profundidade dos ferimentos causados pelas mordeduras ou
arranhaduras.
Lambedura
ou contato com a saliva de animais infectados;
Distância
entre o local do ferimento, o cérebro e troncos nervosos;
Concentração
de partículas virais inoculadas e cepa viral.
Período
de transmissibilidade
Nos
cães e gatos, a eliminação de vírus pela saliva ocorre de 2 a 5 dias antes do
aparecimento dos sinais clínicos, persistindo durante toda a evolução da
doença. A morte do animal acontece, em média, entre 5 a 7 dias após a
apresentação dos sintomas. Em relação aos animais silvestres, há poucos estudos
sobre o período de transmissibilidade, que pode variar de acordo com a espécie.
Por exemplo, especificamente os quirópteros podem albergar o vírus por longo
período, sem sintomatologia aparente.
Suscetibilidade
e imunidade
Todos
os mamíferos são suscetíveis à infecção pelo vírus da raiva. A imunidade é
conferida por meio de vacinação, acompanhada ou não por soro; dessa maneira,
pessoas que se expuseram a animais suspeitos de raiva devem receber o esquema
profilático, assim como indivíduos que, em função de suas profissões, se mantêm
constantemente expostos.
Informações
gerais sobre a doença
1.
O que é?
A
raiva é uma doença infecciosa aguda causada por um vírus, que acomete
mamíferos, inclusive o homem.
2.
Qual o microrganismo envolvido?
Vírus
do gênero Lyssavirus, família Rabhdoviridae.
3.
Quais os sintomas?
Os
pródromos duram de 2 a 4 dias e são inespecíficos. O paciente apresenta mal
estar, pequeno aumento de temperatura, anorexia, cefaléia, náuseas, dor de
garganta, entorpecimento, irritabilidade, inquietude e sensação de angústia.
Podem ocorrer hiperestesia
e
parestesia no trajeto de nervos periféricos, próximos ao local da mordedura e
alterações de comportamento. A infecção progride, surgindo manifestações de
ansiedade e hiperexcitabilidade crescentes, febre, delírios, espasmos
musculares involuntários, generalizados e/ou convulsões. Espasmos dos músculos
da laringe, faringe e língua ocorrem quando o paciente vê ou tenta ingerir
líquido, apresentando sialorréia intensa. Os espasmos musculares evoluem para
paralisia, levando a alterações cardiorrespiratórias, retenção urinária e
obstipação intestinal. O paciente se mantém consciente, com período de
alucinações, até a instalação de quadro comatoso e evolução para óbito.
Observa-se presença de disfagia, aerofobia, hiperacusia, fotofobia. O período
de evolução após
instalados
os sinais e sintomas até o óbito, é em geral de 5 a 7 dias.
4.
Como se transmite?
A
doença é transmitida ao homem principalmente através da mordedura de animais
infectados. Ainda existem as possibilidades, mais raras, de se contrair a
doença por contato com material infectado de um animal raivoso, como a saliva
diretamente nos olhos,
mucosas
ou feridas. Ainda outros meios pelos quais pode ser transmitida a doença são:
lambedura e/ou arranhadura de animais doentes.
5.
Como tratar?
Baseado
na indução de coma profundo, uso de antivirais (amantadina) e outros
medicamentos específicos (biopterina). Para maiores detalhes acessar o
Protocolo de Recife.
6.
Como se prevenir?
Vacinando
anualmente cães e gatos, não se aproximar de cães e gatos sem donos, não mexer
ou tocar quando os mesmos estiverem se alimentando ou dormindo. Nunca tocar em
morcegos ou outros animais silvestres diretamente, principalmente quando
estiverem caídos no chão ou encontrados em situações não habituais.
Vírus
do gênero Lyssavirus, família Rabhdoviridae. Os pródromos duram de 2 a 4 dias e
são inespecíficos.
O
paciente apresenta mal estar, pequeno aumento de temperatura, anorexia,
cefaléia, náuseas, dor de garganta, entorpecimento, irritabilidade, inquietude
e sensação de angústia. Podem ocorrer hiperestesiae parestesia no trajeto de
nervos periféricos, próximos ao local da mordedura e alterações de
comportamento.
A
infecção progride, surgindo manifestações de ansiedade e hiperexcitabilidade
crescentes, febre, delírios, espasmos musculares involuntários, generalizados
e/ou convulsões. Espasmos dos músculos da laringe, faringe e língua ocorrem
quando o paciente vê ou tenta ingerir líquido, apresentando sialorréia intensa.
Os
espasmos musculares evoluem para paralisia, levando a alterações
cardiorrespiratórias, retenção urinária e obstipação intestinal.
O
paciente se mantém consciente, com período de alucinações, até a instalação de
quadro comatoso e evolução para óbito.
Observa-se
presença de disfagia, aerofobia, hiperacusia, fotofobia.
O
período de evolução após instalados os sinais e sintomas até o óbito, é em
geral de 5 a 7 dias.A doença é transmitida ao homem principalmente através da
mordedura de animais infectados. Ainda existem as possibilidades, mais raras,
de se contrair a doença por contato com material infectado de um animal
raivoso, como a saliva diretamente nos olhos, mucosas ou feridas.
Ainda
outros meios pelos quais pode ser transmitida a doença são: lambedura e/ou
arranhadura de animais doentes.Baseado na indução de coma profundo, uso de
antivirais (amantadina) e outros medicamentos específicos (biopterina). Para
maiores detalhes acessar o Protocolo de Recife.Vacinando anualmente cães e
gatos, não se aproximar de cães e gatos sem donos, não mexer ou tocar quando os
mesmos estiverem se alimentando ou dormindo. Nunca tocar em morcegos ou outros
animais silvestres diretamente, principalmente quando estiverem caídos no chão
ou encontrados em situações não habituais.
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