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Bando explode e assalta
banco em
Capitão Poço
(Foto: José Clemente Schwartz) |
Uma quadrilha
dinamitou a agência do Banco do Brasil em Capitão Poço e destruiu parte do
estabelecimento, na madrugada de ontem. O bando trocou tiros com a Polícia
Militar, em frente ao quartel da corporação, e fugiu durante perseguição,
usando um automóvel em chamas como obstáculo de contenção à captura. Segundo o
tenente-coronel Oliveira, comandante da Companhia Independente da Polícia
Militar (10ª CIPM), que esteve à frente das ações de combate desempenhadas pela
corporação desde a madrugada de ontem, dois delitos foram cometidos
simultaneamente: enquanto uma parte do bando dinamitava o banco, a outra chegou
ao quartel da PM e deu os tiros, o que levou os oito homens de plantão a
revidar da mesma forma. “Felizmente ninguém saiu ferido, mas tivemos que agir
em legítima defesa diante de sete a oito bandidos armados. Ao todo, eram uns 15
bandidos”, explicou o comandante, que mostrou parte da munição despejada pelos
ladrões durante o tiroteio.
Após a troca
de tiros, os bandidos saíram em disparada, enquanto os outros elementos, que
haviam explodido a agência bancária estavam mais adiantados, já na estrada,
faltando apenas terminar de executar a fuga, que foi concluída com o incêndio
de um Gol branco, no meio da PA- 436, após a segunda parte atravessar o ponto, deixando
apenas a polícia isolada.
Diante do
automóvel em chamas, a polícia ficou impedida de prosseguir busca e os bandidos
fugiram no sentido de Ourém. Durante todo dia, equipes da Perícia Criminal e do
Comando de Missões Especiais (CME) estiveram em Capitão Poço fazendo
levantamento e informaram que só após a conclusão das investigações mais
detalhes serão divulgados.
Participam
do trabalho cerca de 80 pessoas, entre COE, ROTAM e GRAESP, além de guarnições
da DRCO e GPE. “Aposto que juntos conseguiremos a captura desses bandidos”,
conclui o tenente coronel Oliveira.
O assalto
mexeu com os moradores da cidade, acordados com os estampidos de centenas de
balas que cruzaram os céus de Ourém na madrugada de ontem.
“A gente
quer saber direito o que aconteceu. Fica um disse me disse, por isso eu venho
aqui para saber o que aconteceu direito”, argumentou a dona de casa Divanir
Costa de Miranda, 48 anos, em frente à agência bancária. “Fiquei pasma ao ver
que foi só isso. Pensava que tinha ido tudo para os ares, mas foi só por
dentro, as paredes ficaram e o teto também”, concluiu.
Desconhecido |
PREOCUPAÇÃO
A notícia de
um novo assalto a agência bancária no interior do Pará – o primeiro ocorreu na
madrugada de segunda-feira (12) - no intervalo de 24 horas deixou a diretoria
do Sindicato dos Bancários do Pará e Amapá preocupada. De acordo com a
presidente da instituição a categoria vive apreensiva pela iminência de novos
casos.
“A sensação
de medo é generalizada. A exemplo da população, os bancários se sentem
vulneráveis à violência, especialmente, onde é perceptível a falta de
investimentos em segurança”, avalia Rosalina Amorim.
Dados do
próprio sindicato apontam o registro de 30 assaltos efetivados e oito
tentativas em todo o Estado, apenas em 2012, uma média de mais de três ações
criminosas a agências bancárias por mês. “Considerando que em 2011 foram 30
assaltos efetivados e nove tentativas durante todo o ano e que em apenas dois
dias tivemos dois casos. O dado é alarmante”, dispara a representante da
categoria.
Diante dos episódios
recentes, o Sindicato promete procurar a Secretaria do Estado de Segurança
Pública e Defesa Social (Segup) para avaliar novas ações de segurança para o
setor. Três encontros já teriam ocorrido, visando inclusive a pressa na sanção
da lei estadual que prevê a montagem de ‘biombos’ que impedem a completa visão
das operações feitas nos caixas (sancionada pelo governador em outubro). “Agora
a pressão será para que as leis já existentes possam ser cumpridas, sobram
queixas aqui no sindicato sobre o descumprimento de medidas de segurança como a
presença de portas giratórias, monitoramento em vídeo, detector de metais,
blindagem das fachadas no caso de Belém e Ananindeua. A expectativa é para
ampliação dessas medidas de segurança”, ressaltou.
Procurado pelo
DIÁRIO, o diretor de Polícia do Interior da Polícia Civil, Sílvio Maués,
informou que não poderia atender a reportagem porque estava fora da cidade. A
assessoria de imprensa do Banco do Brasil (BB) informou que até às 18 horas de
ontem as informações do local ainda eram escassas. Uma equipe composta por
membros de diferentes departamentos foi destacada para avaliar as perdas do
banco.
O BB frisou
o alívio pela notícia de apenas perdas materiais, ninguém saiu ferido durante a
ação criminosa, e disse que, a exemplo de outras situações, a equipe não medirá
esforços em colaborar com as investigações.
Fonte: (Diário
do Pará)
Para ONGs, MP do Código Florestal
"piora" lei ambiental
BRASÍLIA - O Comitê Brasil em Defesa das
Florestas fez duras críticas às regras previstas na medida provisória (MP)
publicada nesta segunda-feira para cobrir os "vazios" deixados pelos
vetos feitos pela presidente Dilma Rousseff ao novo Código Florestal.
A principal
queixa dos ambientalistas é a permissão de reflorestar áreas degradadas com
plantas diferentes às do bioma local.
"Hoje,
basta plantar pinho e eucaliptos em todas as Áreas de Proteção Permanente
(APPs) que está resolvido", disse o advogado André Lima, consultor
jurídico da SOS Mata Atlântica sobre a recomposição dessas áreas. Lima afirmou
que a lei ambiental anterior estabelecia a recomposição com, no máximo, 50% de
espécies exóticas ao bioma original. O advogado afirmou que se trata de uma
"desvirtuação" do conceito de APP.
O
coordenador de política e direito do Instituto Socioambiental (ISA), Raul do
Valle, afirmou que as mudanças são de responsabilidade do Palácio do Planalto e
que a presidente Dilma tem que ser responsabilizada pela mudança. "Nem o
Congresso Nacional, nem a bancada ruralista tiveram coragem de por isso no
texto. Foi a presidente Dilma Rousseff que colocou isso na MP. Pela primeira vez
em 90 anos de legislação ambiental brasileira nós não teremos recuperação de
áreas ambientalmente sensíveis e isso é palavra da presidente da República.
Isso tem que ficar na conta dela", declarou.
As
organizações ligadas à causa ambiental também criticaram a manutenção no Código
Florestal do dispositivo que autoriza a manutenção de plantios feitos até julho
de 2008 em APPs, as chamadas áreas consolidadas. "A nova lei traz a
anistia a desmatamentos ilegais ocorridos em diversas categorias de áreas protegidas,
contrariando o que foi dito pelos ministros e o compromisso de campanha da
presidente em 2010", disse André Lima em referência ao anúncio dos vetos à
proposta, na sexta-feira passada. Na ocasião, a ministra do Meio Ambiente,
Izabella Teixeira, afirmou que não haveria anistia para desmatadores.
O novo
Código Florestal suspende as multas para quem desmatou além do permitido na
legislação anterior por cinco anos, período que esses produtores têm para se
adequar às regras previstas pela última lei ambiental. Esse ponto é considerado
como anistia e é criticado pelos ambientalistas.
Valle
afirmou que os movimentos ambientalistas tentarão propor mudanças na MP no
Congresso, mas sabem das dificuldades devido às pressões da bancada ruralista.
"Vamos mudar essa lei seja no STF, seja numa nova legislação",
afirmou.
MINISTÉRIO
PÚBLICO
O Ministério
Público é uma espécie de "Advocacia Pública”, mantida por lei para
defender os interesses da administração pública e de toda a população. Fazem
parte do Ministério Público os Procuradores (federais, estaduais e municipais)
e os promotores de justiça e do trabalho; a eles cabe a tarefa de defender o
interesse que não pertence a uma só pessoa, mas a toda a população (interesse
público).
No exercício
de suas atribuições constitucionais e legais, o Ministério Público pode atuar
junto ao judiciário ou não. Por exemplo, quando alguém pratica um crime, será
acusado por um membro do Ministério Público, que o denunciará ao Judiciário, e
se a denúncia for aceita, o processo terá seguimento. Entretanto, quando o
Ministério Público age na defesa de direitos sociais, como os relativos à
saúde, à educação, os direitos das crianças e dos adolescentes, das pessoas
portadoras de deficiência, poderá agir extrajudicialmente ou perante o poder
Judiciário.
Como
funciona
Em todos os
municípios existe pelo menos um representante do Ministério Público, que poderá
ser encontrado em sua sede própria ou no fórum da cidade. O Ministério Público
existe para defender a sociedade de forma coletiva, e não para defender o
direito ou interesse individual de uma única pessoa.
Quem são
Os membros
dos Ministérios Públicos Estaduais e do Distrito Federal são chamados de
Promotores de Justiça e os membros do Ministério Público Federal e do
Ministério Público do Trabalho, de Procuradores da República e de Procuradores
do Trabalho. Em quase todas as cidades
do país existem Promotores de Justiça. Já os Procuradores da República ficam
nas capitais, e também em algumas cidades dos Estados, com atribuição de
atender os demais municípios da mesma região.
Se você
tiver uma reclamação sobre alguma violação de direitos, que atinja várias
pessoas ou de um ato ilícito da administração pública, você pode se dirigir à
sede do Ministério Público local e registrar uma reclamação (protocolar uma
representação por escrito). Para que sua
denúncia seja aceita é importante anexar o maior número de provas ou
informações possíveis. A partir de então é possível que seja marcada uma
audiência, para que você seja ouvido pelo representante do Ministério Público
e, se for o caso, ter o seu depoimento tomado por escrito. Muitas unidades do
Ministério Público já contam também com páginas na Internet e a comunicação
poderá ser feita por meio de correio eletrônico. Pelo número do protocolo ou do procedimento
no qual prestou depoimento, você pode acompanhar a sua representação.
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