Após o decreto estadual que estabeleceu o regime de lockdown (regime de emergência) em dez cidades paraenses, o município de Bragança, na região Nordeste do Pará, também aderiu à política, com decreto que começou a valer nesta terça-feira (12). A prefeitura de Bragança suspendeu as atividades não essenciais e restringiu a circulação de pessoas nas ruas no município, com bloqueio total das atividades não essenciais. O decreto valerá até o dia 31 deste mês.
Bragança teve os primeiros casos confirmados da doença no dia 14 de abril de 2020. A Secretaria de Saúde do Pará (Sespa) informa que a cidade registra 146 casos positivados e 12 óbitos por Covid-19. A taxa de letalidade da doença é de 8,22% em Bragança.
Segundo a prefeitura, o lockdown foi determinado após todas as ações preventivas para conter o contágio no município, através dos decretos municipais de n°060/2020, n°114/2020 e n°115/2020. As disposições do Executivo municipal, no entanto, não conseguiram manter a cidade com a taxa de isolamento social em 70%, conforme recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS). O prefeito Raimundo Nonato de Oliveira, portanto, decidiu tornar o isolamento mais rígido.
De acordo com os boletins epidemiológicos oficiais, o descumprimento das normas municipais levou um aumento acelerado no número de infectados confirmados no município. ”Com isso, a gestão municipal tem o dever de agir para proteger a vida da sua população, para que o sistema de saúde não seja sobrecarregado e a vida dos munícipes venha a ser comprometida pela contaminação da covid-19”, afirma a prefeitura.
A exemplo do decreto estadual, quem descumprir as normas estabelecidas estará sujeito a multas de até R$ 150, em caso de pessoas físicas, e de até R$ 50 mil para pessoas jurídicas. Além das ocupações essenciais, só poderá sair de casa quem precisar comprar alimentos ou medicamentos, ir ao médico ou realizar saque de dinheiro.
Por Abílio Dantas / O Liberal
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