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População derruba portão de hospital público de Belém em busca de atendimento em meio à pandemia


Tumulto ocorreu logo após o anúncio de que o Hospital Abelardo Santos passaria a funcionar como pronto-socorro exclusivo para casos suspeitos de Covid-19.



O desespero por atendimento médico em meio à pandemia de Covid-19 causou uma cena de tumulto e gritaria nesta quarta-feira (29), em Belém. Logo após o anúncio de que a partir de quinta (30) o Hospital Abelardo Santos, em Icoaraci, distrito da capital, seria transformado em pronto-socorro exclusivo para casos do novo coronavírus, dezenas de pessoas se dirigiram ao local e tentaram entrar à força. O portão do hospital foi derrubado e a polícia acionada.

Nas imagens gravadas via celular, é possível ver o grupo de pessoas se aglomerando e tentando abrir o portão. A entrada do hospital é forçada e se rompe. Funcionários da segurança da unidade de saúde aparecem correndo para tentar conter a população.

A medida de tornar o Hospital Abelardo Santos em pronto-socorro para casos de Covid-19 foi anunciada pelo governador Helder Barbalho nesta amanhã, para desafogar as unidades de saúde do estado, superlotadas por conta da doença. A decisão passa a valer a partir de quinta-feira (30), às 13h.

De acordo com o governador, a unidade vai contar com 20 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e mais 75 leitos de enfermaria para o atendimento de pacientes com Covid-19 ou Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). Além disso, o Governo vai disponibilizar mais quatro consultório médicos de pré-consulta e outros oito para atendimento à população.


Em nota, a Polícia Civil do Pará informou que abriu inquérito para investigar a tentativa de invasão no hospital Abelardo Santos.

Colapso
O Pará enfrenta o colapso da rede de saúde e também do sistema funerário. De acordo com o mais recente boletim da Secretaria de Saúde do Pará (Sespa), o estado registra 186 mortes relacionadas à doença, 2586 casos confirmados, 2029 descartados, e 1277 pacientes recuperados.

Belém é o epicentro do novo coronavírus no Pará e concentra cerca de 60% das mortes causadas pela doença. Na capital, Segundo a Sespa, são 1487 casos confirmados e 89 mortes. O atendimento nas UPAs está sobrecarregado. Segundo a Prefeitura de Belém, todas as UTIs públicas da rede municipal estão lotadas. Na rede estadual, a taxa de ocupação caiu de 91% para 74%.

Corpos de vítimas ou casos suspeitos da Covid-19 são guardados em caminhão frigorífico em Belém — Foto: Reprodução/TV LiberalCorpos de vítimas ou casos suspeitos da Covid-19 são guardados em caminhão frigorífico em Belém — Foto: Reprodução/TV Liberal
Corpos de vítimas ou casos suspeitos da Covid-19 são guardados em caminhão frigorífico em Belém — Foto: Reprodução/TV Liberal

Sobre o colapso no sistema de remoção de corpos no Pará, dados da Sespa mostram que o estado teve aumento de mais de 116% em pedidos de remoção por doenças ou causas naturais em abril deste ano. Um caminhão frigorífico foi estacionado no Instituto Médico Legal de Belém para armazenar corpos de vítimas e casos suspeitos da Covid-19. Com a sobrecarga de mortos, corpos levam até 20 horas em casa, à espera de ser remoção.

Por Gil Sóter, G1 PA












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