O Governo do Estado reforça que, desde sábado (06), diversos órgãos estão mobilizados para esclarecer as causas do acidente na ponte Rio Moju, e principalmente, tentar amenizar os transtornos causados à população devido ao desabamento de 268 metros da estrutura. Confira abaixo o andamento das ações de cada instituição estadual. As informações foram consolidadas às 18h30 desta segunda.
Arcon – A diretoria do órgão se reuniu, na manhã desta segunda-feira (8), com a equipe do Grupo Técnico de Transporte Hidroviário (GTTH), representantes da Polícia Militar, Superintendência de Mobilidade Urbana de Belém (Semob) e empresas de navegação Banach e Arapari para traçar estratégias de trabalho. O objetivo é garantir a segurança dos usuários e agilizar o fluxo na travessia dos veículos para o município de Barcarena.
No final da manhã, o GTTH e o diretor-geral da Arcon, Eurípedes Reis, fizeram uma visita técnica ao porto da empresa Arapari, em Barcarena, e ao porto Bannach, em Belém – este último receberá uma rampa de acesso para que as balsas possam realizar o desembarque dos veículos. O terceiro porto, que dará ainda mais fluidez à demanda de veículos, já está recebendo melhorias para entrar em operação o mais rápido possível.
Pela tarde, a equipe de trabalho da Arcon reuniu com representantes do Sindicato dos Combustíveis do Pará para definir horários para a circulação dos caminhões que transportam combustíveis para a região nordeste do Estado.
Até o momento, oito balsas então operando 24 horas no transporte de veículos nos portos Henvil e Celte, localizados na avenida Bernardo Sayão, em Belém. A população tem a alternativa do transporte das lanchas que fazem a travessia para Barcarena, com saída do Porto Amazonat, Rodofluvial Barcarena e Machado Transportes (no Ver-o-Peso).
A Arcon conta com equipes de fiscalização nos portos. Os usuários podem fazer denúncias e reclamações por meio do número da Ouvidoria do órgão: 0800-0911717.
Polícia Militar – O diretor do Departamento Geral de Operações (DGO) da PM do Estado, coronel Marco Antônio de Oliveira Cidon, informou que a corporação está realizando a segurança nas áreas onde estão localizados os portos que ficam no bairro do Guamá e que serão responsáveis pelo escoamento de veículos e cargas, por meio de balsas de operações, após a queda de 268 metros da ponte Rio Moju.
O Comando de Policiamento da Capital I (CPC I), por intermédio do efetivo do 20º Batalhão da PM, mantém dois pontos base estratégicos (PBE) na avenida Bernardo Sayão, uma na travessa Quintino Bocaiúva e o outro na avenida José Bonifácio.
O 28º BPM (Batalhão Águia) realiza, diariamente, até às 23 h, ações de motopatrulhamento, com cinco motocicletas, no corredor onde se localizam os portos. Após este horário, viaturas da PM fazem rondas constantes na área.
O efetivo total da corporação utilizado na operação é de 50 policiais militares. Entre a rotatória do município de Barcarena e a balsa, a PM conta com duas viaturas e 10 motocicletas do Batalhão de Polícia Rodoviária Estadual (BPRv). Há, ainda, um oficial à frente das ações operacionais no Porto do Arapari, com o apoio de uma viatura do Comando de Policiamento Regional IX, com sede em Barcarena.
Setran – Em relação à sinalização na ponte, a Secretaria de Estado de Transportes ressalta que havia uma barreira de contenção com boias na água e iluminação de LED no alto da estrutura, mas tudo foi perdido após o acidente.
A partir desta terça-feira (09), será feita manutenção na PA-252, no trecho que vai da rodovia Perna Sul até a PA-475. Também será realizado serviço de terraplanagem no trecho de revestimento primário. Já no trecho com pavimentação (asfalto), serão executadas ações da operação tapa-buraco, com limpeza de meio-fio e acostamento.
Para reconstrução do trecho que desmoronou na ponte Rio Moju, foram estimados R$ 100 milhões. Vale ressaltar que o valor é uma estimativa e inclui variáveis que vão além da elaboração do projeto técnico e da reconstrução do trecho. Estão inclusos valores como remoção de entulhos da ponte avariada, colocação de rampas de acesso para atracação de balsas, entre outros.
A ponte estava em obras de revitalização desde o dia 26 de fevereiro deste ano, por apresentar problemas de corrosão e de desgaste em pilares e estacas, além de dilatação maior do que o habitual entre dois blocos de concreto das pistas de rolamento. O problema ocorria por falta de manutenção e constantes choques com embarcações nos últimos anos.
Detran – O Departamento de Trânsito do Estado do Pará informa que 14 placas já foram colocadas em toda a extensão da ponte na Alça Viária, alertando para a interdição do local e orientando os motoristas sobre o caminho a seguir para pegar as balsas que os levarão ao seu destino.
Corpo de Bombeiros – As buscas após o acidente foram retomadas ao amanhecer desta segunda-feira (8) e encerradas por volta de 18h30, sem localização de vestígios dos automóveis ou possíveis vítimas. O trabalho no local conta com 30 militares da instituição paraense e 60 da Marinha do Brasil, incluindo mergulhadores, atuando em oito embarcações, entre elas a lancha hidrográfica Sidescan, sonar que faz a varredura lateral e possibilita a verificação de destroços no leito do rio.
Polícia Civil – As investigações sobre as circunstâncias da colisão entre uma balsa e a ponte Rio Moju, no complexo da Alça Viária, continuaram nesta segunda-feira (8), pela Divisão de Investigações e Operações Especiais (Dioe). Até o momento, oito pessoas já foram ouvidas dentro do inquérito policial instaurado para apurar os fatos.
Entre os depoentes estão integrantes da tripulação, que foram encaminhados para análise periciais, como toxicológico e dosagem alcoólica. Segundo a polícia, não foi identificada a presença de nenhuma substância entorpecente nos exames. Novas diligências serão realizadas ao longo dos 30 dias de prazo legal do inquérito policial.
Por Governo do Pará
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