Eles são especialistas em operações aquáticas e atuarão no local onde 1,8 milhão de pessoas foram atingidas por um ciclone
Três militares do Corpo de Bombeiros do Pará embarcaram, na noite desta sexta-feira (29), para Moçambique, na África. Eles fazem parte de um grupo de 20 bombeiros de vários estados do país, que auxiliarão no resgate das vítimas do ciclone que atingiu mais de 1,8 milhão de pessoas.
O major Wagner Silva, o subtenente Silvestre Araújo e sargento Marinaldo dos Santos, todos especializados em operações aquáticas são paraenses e mergulhadores de resgate. A equipe deve atuar no local por 30 dias, prazo que pode ser prorrogado.
Eles atuarão em operações de salvamento e gestão do desastre no país africano. De acordo com a corporação, os militares são referência mundial neste tipo de resgate por causa das técnicas desenvolvidas nas tragédias de Mariana, na região central de Minas Gerais, e de Brumadinho, no mesmo Estado.
Os trabalhos começam no próximo domingo (31). Os militares serão levados por uma aeronave das Forças Armadas, e os materiais (dois veículos, dois botes, três drones e ferramentas pesadas usadas em buscas), também serão transportados até o local.
O pedido de apoio humanitário foi feito diretamente pelo presidente de Moçambique, Filipe Nyusi, ao presidente Jair Bolsonaro. O ciclone Idai atingiu o sudeste da África há duas semanas e já provocou a morte de pelo menos 750 pessoas em Moçambique, Zimbabwe e Malawi.
O Brasil ainda enviará remédios para o atendimento de até nove mil pessoas, pelo período de um mês. O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, assinou a portaria que autoriza o envio da Força Nacional de Segurança Pública, publicada na edição de hoje no Diário Oficial da União.
O comandante da força-tarefa será o tenente-coronel Vandernilson Peres, do Corpo de Bombeiros do Acre, tendo como subcomandante o major Wagner Silva, do Pará. Os dois oficiais comandaram também a força-tarefa em Brumadinho. A tropa é especialista em salvamento em soterramentos, enchentes, inundações, estruturas colapsadas e operações aéreas. O envio da tropa foi articulado pelo Governo Federal, por meio do Ministério das Relações Exteriores.
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