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Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa)
informou, nesta terça-feira (5), que houve uma redução de 54,56% no número de
notificações de dengue. Os índices são do mês de janeiro de 2019, quando foram
registrados 354 casos, enquanto no mesmo período do ano passado foram 779
ocorrências. As informações integram o o 1º Informe Epidemiológico da Dengue,
Chikungunya e Zika de 2019.
As
três doenças são transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti. Do total de casos de
dengue notificados, 125 foram confirmados, 175 permanecem em investigação e 54
foram descartados. Não houve nenhum óbito por dengue no Pará.
Desde
2016, seguindo a proposta da Organização Mundial de Saúde (OMS), o Sistema de
Informação de Agravos de Notificação (Sinan) do Ministério da Saúde utiliza
três tipos de classificação de dengue, ou seja, dengue, dengue com sinais de
alarme e dengue grave.
Os
dez municípios com mais casos confirmados de dengue são São Félix do Xingu
(74), Parauapebas (20), Novo Repartimento (5), Canaã dos Carajás (4), Tailândia
e Mãe do Rio (3); e Jacundá, Marabá, Santarém e Palestina do Pará (2).
De
acordo com a Coordenação Estadual de Controle da Dengue, esses números estão
sujeitos a alterações, devido ao atraso no repasse dos dados pelos municípios
ao nível regional e espera pelos resultados laboratoriais, duplicidades,
descarte por outras causas e exclusão no Sinan.
Febre
Chikungunya - Em relação à essa doença, o informe traz um total de 619 casos
notificados no mês de janeiro, contra 821 casos no mês de janeiro de 2018,
representando uma queda de 24,61%. Do total de notificados, 54 foram
confirmados e os demais continuam senso investigados.
Do
total de notificados, mais de 50% (319) são de Belém; seguida do município de
Ananindeua, com 103 notificações; Marituba (78) e Mãe do Rio (13). Quanto aos
casos confirmados, a capital também lidera com 27 casos da doença, seguida dos
municípios de Mãe do Rio e Marituba, com oito casos confirmados cada um.
Febre
Zika - Finalmente, no que se refere à febre zika, foram notificados 29 casos, o
que corresponde a uma redução de 59,15% em relação a janeiro de 2018, com 71
casos notificados. Cinco casos foram confirmados e os demais prosseguem em
investigação.
Sobre
o monitoramento de casos de microcefalia no estado do Pará, a Coordenação
Estadual de Controle da Dengue informa que, desde 2015 até hoje, foram
notificados 136 casos de microcefalia, sendo 24 confirmados por relação com o
Zika Vírus. Cinco foram descartados, seis sem classificação e 101 permanecem em
investigação.
A
Sespa elaborou o Plano de Contingência Estadual de Dengue, Chikungunya e Zika,
tendo como principais ações a realização de treinamento do Levantamento Rápido
de Índices para Aedes aegypti (LIRAa) e Levantamento de Índice Amostral (LIA),
o bloqueio de transmissão viral nos municípios de Ananindeua, Belém e Marituba,
e ações de educação e mobilização visando à participação da população no controle
da dengue.
Além
de ações preventivas, cabe aos municípios informar imediatamente a ocorrência
de casos graves e óbitos suspeitos por dengue à Coordenação Estadual de
Controle da Dengue. Segundo a Sespa, para a confirmação de óbitos por dengue é
necessária a investigação epidemiológica com aplicação do protocolo de
investigação de óbito, e os exames específicos (sorologia e isolamento viral)
no Laboratório Central do Estado (Lacen-PA) e Instituto Evandro Chagas (IEC).
Medidas
preventivas - A Coordenação Estadual ressalta que a população também deve
continuar fazendo a sua parte na prevenção dessas doenças, eliminando os
possíveis criadouros do mosquito Aedes aegypti, principalmente, nesse período
chuvoso. Basta seguir as seguintes orientações: guardar as garrafas sempre
viradas para baixo; encher pratinhos de vasos de plantas com areia até a borda;
manter bem tampados baldes, tonéis e caixas d’água; guardar pneus ao abrigo da
chuva e da água; limpar calhas no telhado; não deixar água parada sobre a laje;
colocar o lixo em sacos plásticos bem fechados dentro de uma lixeira tampada; e
fazer sempre manutenção de piscinas utilizando produtos químicos apropriados.
Por
Roberta Vilanova
Por: Roberta Vilanova
Fonte: Secom