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Mulher é morta pelo companheiro em Igarapé-Miri, no Pará Feminicídio aconteceu no sábado, 6. Segundo a polícia, homem matou porque suspeitava de traição.

Por G1 PA, Belém
 
Suspeito e vítima moravam juntos há 18 anos.  (Foto: Divulgação/ Polícia Civil)Suspeito e vítima moravam juntos há 18 anos.  (Foto: Divulgação/ Polícia Civil)
Suspeito e vítima moravam juntos há 18 anos. (Foto: Divulgação/ Polícia Civil)
Um caso de feminicídio, morte de pessoa do sexo feminino, foi registrado no sábado (6) em Igarapé-Miri, no nordeste do Pará. A vítima foi a técnica de enfermagem Neiva de Nazaré Sousa Fortes, de 38 anos. O companheiro dela foi preso em flagrante.
Segundo a Polícia Civil, a motivação do assassinato foi a suspeita de traição da companheira. Eles moravam juntos há 18 anos e tinham dois filhos, mas viviam em conflito. A mulher queria deixá-lo. Ele acusava a vítima de infidelidade.
De acordo com testemunhas, o casal teria tido uma discussão em casa sobre infidelidade. Após o crime, o suspeito fugiu. Ele foi preso pela Polícia Militar em uma vila distante da cidade e apresentado na delegacia, onde foi autuado em flagrante.
O crime ocorreu dentro de uma embarcação na orla de Igarapé-Miri e tudo indica que foi premeditado. Ele alegou que iria deixar a ex-companheira na casa do pai. Mandou as irmãs dela irem na frente pra ficar a sós com a vítima, levou a mulher até um barco, e, nesse local, a agrediu com duas pancadas com um pedaço de tábua. Em seguida ele a perfurou com mais de 20 facadas.
O homem fugiu para a Vila Maiauatá, no Miri, onde foi preso pela PM e confessou o crime.

Feminicídio

Após quase 3 anos em vigor da Lei do Feminicídio, os números no Pará continuam alarmantes. Segundo a Polícia Civil, em 2015 foram registrados 26 casos; em 2016 foram 47 casos e até novembro de 2017 foram 30 registros.
O registro de violência como agressões e ameaças na polícia é importante para combater os crimes contra as mulheres. Muitas vítimas morrem antes do caso chegar a delegacia.
“Infelizmente nós sabemos que existe uma dependência muito grande, ainda, das mulheres em relação aos homens. E quando eu falo de dependência, não estou falando só de dependência financeira, existe a dependência emocional, que no meu ponto de vista e da maioria das delegadas é a pior de todas. Ela pensa assim: 'não, ele pediu desculpas, tá tudo bem...' só que essa mudança normalmente não vem, ela vem seguida da proporcionalidade, ou seja, do aumento da violência", explica a delegada Adriana Norat.