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Na
carteira de identidade apresentada na justiça, constava o nome Armando Oliveira
da Silva, mas era mesmo conhecido por Quintino, talvez seu verdadeiro nome, que
completo seria Quintino da Silva Lira, que se auto intitulou o “Gatilheiro”.
A saga de Quintino é digna de virar roteiro de
cinema e jamais poderia deixar de ser citada e até merecer um capítulo especial
na memória de um dos diversos municípios do nordeste paraense, onde reinou nas
selvas desde 1981 até ser morto pela polícia militar do Estado Pará, na data de
04/01/1985.
Teria
ele nascido no Município de Bragança, sendo filho de Domingos da Silva Lira e
de dona Raimunda da Silva Lira, vivido a infância na localidade Jussaral, em
Viseu e dentro ainda desse Município,
passou pelas localidades de São José do
Piriá e Baixinhos, às margens do rio Gurupi, onde se separou de sua primeira
mulher e prima de nome Helena, com quem deixou três filhos, um menino e duas
meninas, indo para Primavera, fixando-se depois na localidade de “Pau-de-Remo”,
então Município de Ourém, local onde iniciou sua carreira de “justiceiro”
marcando suas trilhas em densa mata, com um rastro de sangue que só acabou
quando tombou morto a oito quilômetros da Vila Nova Piquiá, solo de Viseu, com
um único tiro mortal no peito, em cima do coração, supostamente de fuzil.
Do
personagem que viveu ao lado de seu bando, inicialmente composto por “Coruja”,
“Mão de Sola”, “Portinho” e “Cabralzinho” e que chegou a ter sob seu comando
mais de quarenta homens, e se fosse preciso, segundo o próprio, reuniria até
trezentos simpatizantes pela sua causa, podemos dizer que lembrava um pouco
“Lampião” e seu cangaço pela postura exibicionista e armamento à base de
rifles-44, cartucheiras e revólveres de diversos calibres. Era vaidoso em seu
visual, cuidando bem do bigode e unhas, vestindo-se de acordo com a ocasião,
camisas de tecido com botões e botas de vaqueiros ou camisetas esporte.
Fonte: Fan Page Garrafão do Norte
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