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A Orígem de Ourém

O 4ª Município Paraense Criado no Período Colonial


Fundação : (Legalmente estabelecido) 11 de outubro de 1.753

Emancipação Política: 29 de maio de 1762

Distância da Capital: 182 km²

Área do Município : 602,0 km²

População: 15.152 habitantes (IBGE)

Localização no Nordeste Paraense:


Origem do nome: Legalmente estabelecido a 11 de outubro de 1.753 pelo governador e Capitão-General do Estado do Grão-Pará e Maranhão, Francisco Xavier de Mendonça Furtado, irmão do Marquês de Pombal, que criou e denominou a Nova Vila de Ourém, repetindo o nome de uma cidade portuguesa, com a intenção de caracterizar a exemplo de outros municípios paraenses, a sujeição colonial portuguesa. Ourém foi o quarto do Estado criado no período colonial, ficando atrás apenas de Cametá (1.635), Belém, a capital, criada em 1.655, e Vigia (1.693).

A curiosidade com o enigmático nome Ourém nos remete para a história de Ourém, lá de Portugal, criada no início do segundo milênio, cerca de quase quatrocentos anos antes do descobrimento do Brasil.

As origens de Ourém remontam ao ano de 1727, quando Luiz de Moura chegou ao local onde hoje se encontra a sede do Município, em terras pertencentes ao município de Belém, e, com recursos próprios, construiu uma casa, que passou a constituir-se no centro de um núcleo populacional.Em 1753, o então governador e capitão-general Francisco Xavier de Mendonça Furtado outorgou ao lugar a categoria de Freguesia, sob a proteção do Divino Espírito Santo, assumindo a denominação de Freguesia de Nossa Senhora da Conceição de Ourém.

Segundo Theodoro Braga e Palma Muniz, no mesmo ano e pelo mesmo ato que a elevou à Freguesia, também teria sido reconhecida sua condição de Vila. Há referências ao fato de que a sua instalação como tal teria acontecido em 29 de maio de 1762, contando-se com a presença do desembargador Feliciano Ramos Nobre Mourão, corregedor da Comarca de Belém. A partir dessa cerimônia, o Município passou a ser reconhecido com o nome de Ourém. Sua primeira Câmara Municipal foi formada por dois juízes ordinários, dois vereadores e um procurador.

Atrações

Cultura popular

No município de Ourém, a tradição religiosa de maior importância é a Festa de São Benedito, que ocorre no período de 24 a 30 de dezembro. Outros eventos religiosos, porém, movimentam a cidade. É o caso da Festa de Corpus Christi, São Francisco, do Sagrado Coração de Jesus, e a maior procissão religiosa do município que é Círio de Nossa Senhora de Nazaré, realizada no terceiro domingo de agosto.

Na cultura popular do município destacam-se as manifestações folclóricas com as apresentações dos bois-bumbás e cordões de pássaros. O artesanato apresenta produtos utilitários, como tijolos, telhas, bolsas, esteiras, redes de pesca, cortinas, almofadas e tapetes. A Casa Forte do Guamá, construída na metade do século XVIII, e a Igreja Matriz, a maior e mais bonita igreja da Zona Bragantina, são exemplares do patrimônio histórico de Ourém. Os únicos equipamentos culturais de que dispõe o Município são o Salão Paroquial, que tem um espaço para apresentações teatrais e outras atrações - de propriedade da paróquia, A Biblioteca Pública Municipal Castro Alves, localizada na Casa de Cultura e o Centro de Convivência da Terceira Idade.

Festas tradicionais

A “festa do Divino Espírito Santo” foi a mais ativa até a década de 1920. Ela consiste na toada de ladainhas em latim e visitação às residências dos fiéis, através de cordões ritmados por violas e percussões, cordão esse que conduzia além da bandeira do divino, uma belíssima coroa em ouro e prata, portada numa bandeja toda banhada em ouro.

Nossa Senhora da Conceição, a padroeira de Ourém, é lembrada no mês de dezembro.

A “festa de São Benedito”, que até o final dos anos 1960, chegava à sede do município em embarcações pelo rio Guamá, é hoje a mais popular tendo seguramente mais de dois séculos com esmolação ocorrida durante todo o ano, Atualmente a procissão percorre a PA 124, saindo da localidade do Tininga, em Capitão Poço e se dirige à cidade, acompanhada de milhares de devotos do Santo Pretinho.

Curiosidades

Lendas, causos, crendices e anedotas:

MATINTA PEREIRA

Na explicação mais comum, a “Matinta Pereira” é uma entidade sem sexo definido, invisível, que vaga nas noites escuras, atormentando, perseguindo e até ajudando àqueles que madrugam, com um

assobio “fino e longo”, na maioria das vezes arrepiando e irritando principalmente caçadores e pescadores da noite.

Dizem que os “matins” são transformações de viventes humanos que por algum motivo foram escolhidos para carregar um “fado” ou “encanto”, transformam-se no decorrer da noite, nessas criaturas jamais vista materialmente. Presume-se que sejam dotados de asas, dado ao barulho que ocasionalmente fazem após o assobio, deslocando-se rapidamente para um lado e outro, pra cima e pra baixo. Os “encantados” amanhecem rolando na terra, desfazendo a metamorfose. Dizem que como instrumento para provocar o assobio, os “matins” utilizam um pequeno coco de tucumã, com um minúsculo orifício. É fato que a energia elétrica e sua iluminação pública, têm inibido a presença de “matins”. A “matinta pereira” de Ourém, nada tem a ver com o famoso saci pererê.

LOBISOMEM

Da mesma forma da “matinta pereira”, um ser vivente e não fantasma transforma-se geralmente na figura de um porco ou outro animal equivalente, atacando e infernizando com grunhidos e estalados de dentes, a vida de pessoas de pequenos vilarejos.

O DENTE-DE-COLHER

Figura drakulina que assombrou muita gente no início da década de 1970, tinha característica de um homem de boa estatura, dotado de presa dentária que se assemelhava a uma colher de prata reluzente ao luar, por isso o nome “Dente-de-colher”. Também possuía um chapéu e uma capa ou lençol branco, que serviam para esconder sua face e só atacava por volta da meia-noite, sempre nas imediações da “ladeira grande” na saída da cidade de Ourém. Não se têm notícias de ter consumado alguma mordida, pois suas possíveis vítimas se desvencilharam e escaparam para contar e repassar para outros os momentos de aflição diante do temível monstro. O “Dente-de-colher” teve vida curta e rápido caiu no esquecimento dos ouremenses.

JIBÓIA PAPA-LEITE

Existe um causo conhecido, contado por “guamauaras”, que mulheres que amamentam recém-nascidos, teriam sido encantadas por uma serpente jibóia que chegava sorrateiramente quando a mãe amamentava o filho na rede. A serpente aproveitava o cochilo da mãe, tomava o lugar do bebê no peito, sugando-a e colocando o rabo na boca da criança, que por asfixia morria. Essa estória teria acontecido várias vezes na região.

O MILAGRE DO DIVINO

Contam os mais antigos que a coroa Divino Espírito Santo, quando a festa era forte na freguesia no século XIX, saía de canoa em caravana rio acima e rio abaixo para esmolar o mais longe possível. Teria a caravana de Ourém encontrado uma caravana de Cametá, na localidade ribeirinha do baixo Guamá denominada na época Arioré. Após saudações, cantaram ladainhas em latim e para celebrar o encontro idealizaram fazer momentaneamente uma troca de coroas nas embarcações. No momento da passagem, a coroa de Ourém, toda em ouro e prata, cai e afunda nas águas. A tristeza abateu a todos. Tiveram então a idéia de tocar caixas e cantando unidas as duas tripulações, e após cerca de trinta minutos, a coroa boiou e voltou à caravana de Ourém para alegria de todos.

A coroa desapareceu misteriosamente da Igreja Matriz e possivelmente foi vendida para colecionadores de arte sacra.

FONTE: http://municipiodeourem.com.br

Obs: Veja fotos totalmente restauradas de Ourém no período colonial.

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